Geografia Prática: outubro 2008

Vem chegando mais um dia da consciência negra, dia este atribuído a morte de Zumbi de Palmares, um herói pouco conhecido, cada ano que passa, pouco sabemos desta história e pouco é difundida, no currículo escolar nem se fala, na mídia então piorou, só lembramos quando chega novembro, e enquanto isso, uns e outros brigam por cotas públicas enquanto política pública de inclusão do negro na sociedade, fato é que o preconceito ainda existe e em determinados espaços são praticados com respaldo legal, será até quando? Será que isso vai acabar? Parece que a cor da pele negra esta estampada o atestado de pobreza que forma a cara do Brasil, o mesmo Brasil que detém um mistura de cores e raças, consegue produzir um descaso semi-oculto de sua identidade negra, ora tão festejada na cultura popular, afirmo e reafirmo são cinzas da escravidão que transpôs o tempo e joga na nossa cara negra o gosto amargo da derrota social, que por vezes nem oferecendo a possibilidade e reação, como uma cicatriz que deixa marcas para sempre, estas marcas feito feridas abertas perfuradas pelo orgulho de sermos um povo miscigenado na prática e na obvia sensação de querer um país melhor para “todos”. É quem sabe um dia, no dia em que os negros e sua cultura parar de serem vistas como algo exótico, atípico e vista sim como natural do brasileiro, em que o negro possa entrar em uma loja sem ser perseguido, para ver se vai roubar, sem que haja um olhar de desconfiança quando você entra em um restaurante dito de classes favorecidas e as pessoas fiquem te reparando, o dia em que poderemos ir ao banco sem olhares atravessados achando que você é um assaltante, ou quando tiver escutando seu samba ou pagode, sem que os outros ditos eruditos fiquem criticando seu estilo musical, estou falando de respeito, coisa que o negro nunca teve neste país que ajudou a construir, quantas vidas perdias meu Deus na construção de cidade como Ouro Preto, Diamantina, São Paulo, Brasília, é de se orgulhar? Ainda é pouco? O que dizer da única guerra em que o Brasil lutou, e que quem lutou? o negro claro na guerra do Paraguai, e o que ganhou em troca, a moradia em favelas, a exclusão social, o preconceito, a marginalização. Como reparar isso? O abismo social do presente é o abismo histórico, a coerência é o imponderável e ninguém sabe o que comemorar no dia 20 de novembro.

ATIVIDADES

MANHÃ

1º Ato 9:40 – DEBATE- POLÍTICA DE COTAS VOCÊ É CONTRA OU A FAVOR
PROFESSORES - RICARDO, ISABEL.

2º Ato 10:40 – APRESENTAÇÃO DE HIP-ROP DA GALERA.

TARDE

1º Ato 16:40 – APRESENTAÇÃO DE CAPOEIRA

2º Ato 17: 30 – APRESENTAÇÃO DE HIP HOP.

NOITE

1º Ato - 19:00 - APRESENTAÇÃO DO DOCUMETÁRIO ACUBALIN – ASSOCIAÇÃO DE CULTURA BANTO DE CARAGUATATUBA

2º Ato - 20:00 - PALESTRA COM O DIRETOR DA ACUBALIN

3º Ato - 21:15 APRESENTAÇÃO DE HIP ROP DA GALERA.